Sapatilhas

Agosto 27, 2009

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Resposta Roubada

Fevereiro 4, 2009

Vou “roubar” um texto que enviei a um grande amigo. Foi a resposta a uma reflexão sua sobre as declarações de D. José Policarpo. Quando o vir estou certo de que não se importará por partilhar a resposta com todos. Aqui fica.

 

Curioso.

Falámos disto há tão pouco tempo. De novo lhe digo que uma das atitudes que me marca no Santo Padre é a defesa da nossa crença e da nossa história, de tolerancia e respeito, em oposição ao mundo islamico. Esta será a nota marcante deste homem convicto. O curioso reside no facto de João Paulo II  ter deixado como uma das suas maiores obras o aprofundamento do diálogo ecuménico. Parece que estamos numa aparente contradição.

Antes o diálogo e a tentativa de aproximação. Hoje a condenação dos extremos.

Não há, porem, contradição nesta sequencia. Ambas apelam ao melhor que o homem tem dentro de si. Esse melhor que nos coloca em pé de igualdade e nos faz dar a mão ao mais fraco. O mais fraco amanhã serei eu, pelo que lhe dando a mão reconheço a minha pequenez.

Mas esse melhor tem de estar claramente ao serviço da defesa da justiça. E se para tal for necessário denunciar o extremismo que o façamos. D. José Policarpo fê-lo. Talvez num tom pouco ortodoxo ao qual não estamos habituados. Mas fê-lo. A meu ver, apesar do choque inicial, contribuiu decisivamente para que os leigos percebam que de cima vem uma palavra de força. Sem vergonha. Sem medo. Em defesa dos mais fracos.

Não é também para isso que aqui estamos?”

Meio Vazio

Dezembro 19, 2008

Este fim de ano promete ser o pior a que já assisti em 37 anos de vida. Os acontecimentos no mundo financeiro e o seu impacto na economia (e há quem diga que vice-versa) deixam-nos na desconfortável condição de cobaias. Seremos testemunhas de algo verdadeiramente novo; que excitação!

O ano está a chegar ao fim. Não acabam com ele, ao contrário de sempre, os medos do futuro. Sempre achamos que o que vem será melhor, que tudo faremos para fintar os buracos da vida.

Não desta vez. Esta perigosa sensação, que a todos apanha sem excepção, levar-nos-á a um lugar estranho. A um lugar que desconhecemos mas que nos atrai de forma dramática.

Como sempre defendi que os problemas são oportunidades estou a tentar fazer o exercicio de comprovar a teoria. Será que desta isso também vale? Será que desta vamos conseguir dar importancia ao que realmente importa e atribuir o devido valor às insignificancias?

Conseguirei praticar afecto e proximidade? Conseguirei encarar de frente o desconforto? Conseguirei dizer, como há tempos prometi?

No fim saberemos se desta, como das outras, este problema foi uma oportunidade de crescer e de melhorar.

No fim faremos contas.

Gaudi

Novembro 28, 2008

gaudiPara quem não conhece.

É o nosso amigo das boas e más horas. É um tipo bem disposto e que merece muito mais do que aquilo que tem de nós.

Fica Gaudi!

Avô

Novembro 25, 2008

A minha prima Ana lembrou que hoje é uma data importante para nós. Hoje faria anos o meu avô Filipe.

Deixo-vos o que escrevi no cantinho que ela mantém na net.

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O meu avô era um homem como os que já não se fazem. Percebeu, antes do tempo, o que é essencial na vida. Com a humildade dos grandes não se envergonhava de o mostrar. Um homem de afecto e de carinho. Um homem da sua mulher.
O Homem da nossa familia.

O nosso avô, Ana, era como eu gostava de ser.

Filipe

Esperança

Novembro 5, 2008

obama11

Sim, podemos!

Moral Hazard e Selecção Adversa

Novembro 3, 2008

Da teoria económica.

Moral Hazard (ou risco moral) acontece quando alguém, ao ver a consequencia das suas acções coberta ou protegida por alguém (seguro, garantia, etc.) tende a aliviar os seus cuidados ou precauções. Exemplo: uma familia que subscreve um seguro casa contra incendios tende a aligeirar o cuidado em desligar o aquecedor no fim da noite.

Selecção Adversa: Fruto do comportamento descrito anteriormente os agentes seguradores / reguladores aumentarão os custos de subscrição de protecção, para fazer face ao risco acrescido que passam a incorrer. Desta forma os mais prudentes, os clientes / agentes mais cuidadosos, consideram que estão a pagar um preço demasiado elevado para uma protecção que sentem não precisar, afastando-os assim do mercado. Este processo fragiliza em ultima análise os agentes seguradores.

Onde ficamos com a nacionalização do Bpn?

A intervenção estatal, salvando os depositantes, premeia quem trocou instituições consistentes por outras somente à procura de um pouco mais de lucro. Os prudentes não sentem a sua atitude devidamente valorizada. A selecção adversa funciona aqui como ouro entregue ao bandido.

O mesmo não se passa (à primeira vista) com os accionistas. Correram um risco que sabiam ser considerável. A acção do estado não premiou os incautos. E ainda bem.

Consequencias aparentemente contraditórias…

Dizer

Outubro 30, 2008

Uma das coisas que tem feito parte do meu exercicio consiste em dizer. Dizer o que acho. Dizer o que não acho. Mas dizer. Não o fazemos, a mais das vezes porque dizer é afirmar uma posição contrária à zona de conforto onde nos encontramos. Mas dizer impõe-se.

Hoje tenho de dizer que acho muito confuso (injustificável mesmo) que se façam contas de subtrair quando nos pedem que somemos algo na vida dos outros. É uma atitude que atravessa a nossa sociedade.

Talvez eu esteja a mais.

Acertar a hora

Outubro 29, 2008

A partir de hoje procuro aqui uma sintonia com o mundo. Sendo algo que tenho vindo a fazer ao longo do último ano chega a hora de o partilhar com quem queira juntar-se “à luta”. Este será um lugar de júbilo, de indignação, de agradecimento mas, quase sempre, de inquietação.